Seguro do artefato era superior a R$ 130 mil.
Peça foi doada ao primeiro-ministro holandês há 40 anos.


Do G1, com informações da France Presse
O Museu Nacional da Holanda descobriu que uma de suas peças, uma pedra que, imaginava-se, foi trazida da Lua em 1969, não é nada mais nada menos que um pedaço de madeira petrificada. O desconcertante anúncio foi feito nesta sexta-feira (28). O museu, abrigo da obra de mestres da pintura como Rembrandt e Vermeer, herdou a peça em 1991, depois da morte do primeiro-ministro holandês Willem Drees, que a recebeu de presente das mãos do embaixador dos EUA na Holanda, William Middendorf. A gentileza fez parte de uma “turnê mundial” dos três astronautas americanos que integraram a missão Apollo 11.

“Quando a recebemos, fizemos um seguro no valor de 50 mil euros em valores atuais (cerca de R$ 153 mil)”, informou Xandra van Gelder, da área de comunicação do Rijksmuseum de Amsterdã. Feitos os cálculos, agora que se sabe que aquilo ali é madeira e nada mais, até que o artefato não é assim tão desprezível: vale 50 euros.

Quem deu o toque de que a pedra lunar era na realidade um tremendo mico foi um especialista em questões espaciais. O bom senso do homem o fazia duvidar que a Nasa, a agência espacial americana, teria um desprendimento assim tão grande de abrir mão de uma raríssima amostra de material lunar só para agradar o primeiro-ministro holandês.

Geólogos e outros especialistas da Universidade de Amsterdã determinaram que a pedra, afinal, não procedia da Lua. O resultado foi confirmado depois por uma análise microscópica do artefato, que só foi exibido ao público em duas ocasiões. O embaixador Middendorf, octogenário, não lembra de nada.

Comentário: "Impossível ler uma gafe diplomática dessas e não colocar o "miolo" para refletir sobre como é fácil enrolar pessoas. Consideremos a fantástica capacidade de titubiar até mesmo uma seguradora, sem contar com o coitado do primeiro-ministro. Não distante de nós, encontramos muitos "embaixadores" empenhados em presentear com "pedra lunática" (lunática mesmo!) os assiduos sugadores de informação "evoluida". A informação "evoluida" é tudo o que os embaixadores querem que pensemos ser verdade científica, sendo que de tão bonitos e cheirosos e inteligentes e tudo de bom que aparentam ser esses embaixadores, é praticamente inquestionado a origem dessas informações "evoluidas". Não estaria você fazendo um "seguro" de pedra lunar e levando páu? Quem garante que suas ideologias, vendidas pela mídia,valem tanto? Aliás, por que a mídia resguarda tanto tempo e investimento para divulgar suas filosofias (evolucionistas)? Usemos o bom senso para avaliar tamanha cortesia... gentileza...

Encontro com o observatório orbital se deu nesta quarta-feira (13).

Do G1, em São Paulo


Astronautas farão reparos e atualizações nos próximos dias.
Um dos momentos críticos para a atualização do Telescópio Espacial Hubble aconteceu por volta das 14h (de Brasília) desta quarta-feira (13). O braço robótico do ônibus espacial Atlantis, operado manualmente pelos astronautas, conseguiu "agarrar" o Hubble e encaminhá-lo para a área de carga da espaçonave.

A partir de lá, ao longo dos próximos dias, a equipe composta por outros seis astronautas e liderada pelo americano Scott Altman fará uma série de caminhadas espaciais para executar reparos e atualizações nos sistemas do observatório orbital. Esta será a quarta e última missão de reparos ao venerável satélite da Nasa.

Esta é a primeira missão de um ônibus espacial não conectada com o projeto da Estação Espacial Internacional (ISS) desde o desastre do Columbia, em 2003.

O Telescópio Espacial Hubble é o instrumento científico mais popular de todos os tempos no campo da astronomia. Disso não resta a menor dúvida. E, agora que ele está para receber uma visita de reparos, virou o centro das atenções.

Pode parecer pouco, mas cada missão de manutenção como essa (e já foram quatro) é um marco importante. A rigor, todo instrumento lançado ao espaço fica lançado à sua própria sorte. Se um equipamento falhar, ou mesmo pifar, pode esquecer. Não tem assistência técnica para esses casos, mesmo que o instrumento esteja na garantia. O máximo que dá para fazer é uma atualização de “software” que consiga dar um jeitinho na operação do instrumento. Mas se quebrar mesmo…

O Hubble vai receber sua quinta e última missão de reparos, a qual, se tudo correr bem com o clima da Flórida, deve começar nesta segunda, dia 11. Entre outras coisas, o Hubble deve sofrer uma troca de baterias (a primeira em 19 anos!) e terá um novo instrumento instalado. Ele é chamado de Espectrógrafo das Origens Cósmicas (COS, em inglês) e custou à Universidade do Colorado uns 70 milhões de dólares. Esse instrumento já deveria estar à bordo do Hubble desde 2004, mas sucessivos atrasos, por causa do acidente que destruiu o ônibus espacial Columbia, impediram que ele fosse instalado antes. Aliás, esse acidente quase cancelou esta última missão de manutenção.

O objetivo do espectrógrafo é estudar a luz ultravioleta emitida por quasares muito distantes. A idéia é obter informações sobre a composição química do Universo quando ele era muito jovem e sobre como essa química evoluiu ao longo dos tempos. Esse será o instrumento instalado no Hubble mais sensível a operar no ultravioleta e com ele será possível também estudar a luz das primeiras estrelas formadas no Universo.

Falando nisso, quando o Hubble foi concebido, um de seus objetivos centrais era determinar o valor da taxa de expansão do Cosmos. Quando Einstein descreveu matematicamente o Universo, a ideia de um Universo em expansão apareceu naturalmente. Mas, sem evidências observacionais, ele inseriu uma constante que mantinha o Universo estático. Em outras palavras, era como uma força interna que segurava o universo e o impedia de se expandir. Mas, em 1923, Edwin Hubble descobriu que as galáxias estavam na verdade se afastando umas das outras, e a partir de então os astrônomos passaram a correr atrás do valor dessa taxa de expansão. Sabendo-se o valor da taxa, dá para deduzir a idade do Universo.

Determinar a taxa, chamada de constante de Hubble, é um dos “projetos-chave” que justificaram a construção, lançamento e manutenção do telescópio espacial. Na época de seu lançamento na década de 1990, o valor da constante tinha uma incerteza de 100%: os valores aceitos eram 75 ou 150 km/s a cada megaparsec (uma unidade de distância apropriada para o estudo do Universo).

Nesta semana saiu o novo valor dessa constante: 74,8 km/s por megaparsec, mas com uma incerteza muito menor, de pouco mais que 5%. Esse estudo foi efetuado com o uso de duas câmeras, a que opera no infravermelho (NICMOS) e no visível (ACS). Com esse valor é possível se estimar a idade do Universo simplesmente calculando o inverso da constante, e isso dá 13,1 bilhões de anos. O valor, obtido através do estudo de estrelas Cefeidas em galáxias distantes, é apenas 5% menor que o valor obtido através do estudo da radiação cósmica de fundo pelo satélite WMAP.

Mais do que obter uma idade do Universo cada vez mais precisa, o valor da constante de Hubble fornece pistas sobre a misteriosa energia escura que domina o Cosmos. É ela que faz com que o Universo hoje esteja em expansão acelerada.
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Comentário: "O fato de se chegar a uma constante de expansão, em si mesmo não dá mais que material para aguçar nossa finita mente. Dizer que tudo começou há 13,1 bilhões de anos já está mais pro ramo filosófico do que científico, pois quem garante que tudo se iniciou de um ponto no nada? Aliás, o que é o nada? Enfim, conseguimos apenas o fascínio do que podemos observar... De qualquer forma o Hubble merece reparos, com suas imágens únicas me faz sentir a genialidade e grandeza do meu Deus..." [RAB]

Redação do Site Inovação Tecnológica
08/05/2009


Os modelos cosmológicos atualmente aceitos, dependentes da teoria da gravitação de Newton, estabelecem que uma galáxia como a nossa Via Láctea deveria ter centenas de "galáxias satélites", galáxias muito pequenas, com alguns poucos milhares de estrelas, orbitando ao seu redor.

Mas um grupo de cientistas, coordenado pelo professor Pavel Kroupa, da Universidade de Bonn, na Alemanha, afirma que não apenas não há o número esperado de galáxias satélite orbitando a Via Láctea, como também as pouco mais de 30 que foram encontradas até agora não estão onde a teoria afirma que elas deveriam estar.

Galáxias fora do lugar

Segundo os pesquisadores, os dados podem ser uma indicação de que está na hora de se elaborar uma nova teoria da gravitação, mais abrangente do que a teoria de Newton.

"Há algo estranho na sua distribuição," diz o professor Kroupa. "Elas deveriam estar dispostas de maneira uniforme ao redor da Via Láctea, mas não é isto o que nossas observações mostram."

O grupo de astrônomos e astrofísicos descobriu que as sete galáxias anãs mais brilhantes estão mais ou menos no mesmo plano, numa formação semelhante a um disco, e que elas giram todas na mesma direção ao redor da Via Láctea, da mesma forma que os planetas do Sistema Solar giram ao redor do Sol.

Paradoxo galáctico

Os cientistas acreditam que isto somente pode ser explicado se elas tiverem sido formadas por colisões entre jovens galáxias. Os fragmentos dessas colisões poderiam explicar a existência e o comportamento dessas galáxias satélites.

Mas isso coloca um paradoxo. "Os cálculos sugerem que as galáxias satélites anãs não poderiam conter nada de matéria escura se elas tiverem sido criadas desta forma," conta o professor Manuel Metz, outro membro do grupo.

"Mas isto contradiz diretamente outra evidência. A menos que a matéria escura esteja presente, as estrelas dessas galáxias estão se movendo muito mais rapidamente do que é previsto pela teoria padrão da gravitação de Newton," diz Metz.

Rejeitando a teoria de Newton

"A única solução é rejeitar a teoria de Newton. Se nós vivermos em um Universo onde se aplica uma lei da gravitação modificada, então nossas observações poderão ser explicadas sem a matéria escura," conclui ele.

Embora a rejeição da teoria da gravitação de Newton possa parecer algo surpreendente, um grande número de pesquisadores tem manifestado um entendimento de que alguns dos princípios fundamentais da física vêm sendo compreendidos incorretamente.

Ademais, se essas ideias estiverem corretas, não será a primeira vez que a teoria da gravitação de Newton será modificada. Isso aconteceu no século passado, quando Einstein introduziu as Teorias da Relatividade Geral e Especial e novamente quando a mecânica quântica foi desenvolvida para explicar a física na escala atômica e subatômica.

As anomalias agora detectadas na observação das galáxias satélites dão suporte ao uso de uma "dinâmica newtoniana modificada" onde predominam acelerações fracas.

O desafio dos físicos

Ainda é cedo para afirmar se o grupo está correto em sua interpretação e, sobretudo, para se vislumbrar o que seria esse novo modelo explicativo. O que se pode prever é que esse novo modelo alterará profundamente a forma como compreendemos nosso Universo.

E os físicos sabem que terão que enfrentar, mais cedo ou mais tarde, a tarefa de desenvolver teorias que expliquem o funcionamento da natureza nas gigantescas escalas do Universo.

Da mesma forma que a matéria apresenta propriedades radicalmente diferentes em escalas de bilionésimos de metro, no chamado mundo quântico, não se espera que as explicações sobre as galáxias, buracos negros, matéria e energia escuras, e as interações de todos esses elementos, e de todos os que ainda estão por serem descobertos, sejam explicados com base nos mesmos princípios que regem a matéria ordinária de um planeta, por mais especial que esse planeta possa ser.

Bibliografia:
Did the Milky Way Dwarf Satellites Enter The Halo as a Group?
Manuel Metz, Pavel Kroupa, Christian Theis, Gerhard Hensler, Helmut Jerjen
2009 May 20
Vol.: 697 No 1 269-274
DOI: 10.1088/0004-637X/697/1/269

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Novas fotografias liberadas pela Nasa mostram uma “mão cósmica”, muito parecida com uma mão humana, enorme, procurando tocar o espaço como se estivesse tentando alcança-lo. A imagem foi capturada pelo telescópio da Nasa localizado no observatório de Chandra, e mostra uma nebulosa de 150 anos-luz de comprimento, ou seja, 142.000.000.000.000.000 km, ou seja, a maior mão do universo. Os dedos fantasmagóricos e azuis são, de acordo com a agência, causados por um “pulsar”, uma estrela muito rápida, que libera energia e matéria pelo espaço, causando formações como essa mão. O nome dessa pulsar em particular é PSR B1509-58.

(Hypescience)

"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos" (Salmo 19:1).

(Criacionismo.com.br)

Cientistas canadenses realizaram a medição mais precisa já feita até hoje em busca do estabelecimento definitivo de uma fronteira entre o espaço e a Terra.

Fronteira final da Terra


Os dados confirmaram as teorias de outros cientistas, estabelecendo a altitude de 118 quilômetros como sendo a fronteira final da Terra. Acima dessa altitude, pode-se considerar que começa o espaço exterior.

A 118 km da superfície cessam os ventos terrestres, considerados relativamente leves e começam os violentos fluxos de partículas espaciais, que podem atingir velocidades de até 1.000 km/h.

Imageador de íons

Os cientistas da Universidade de Calgary coletaram os dados por meio de um instrumento chamado Imageador de Íons Supratermal, que foi colocado em órbita baixa - 200 quilômetros de altitude - em 19 de Janeiro de 2007, a bordo do foguete Joule-II, da NASA.

A pequena sonda, vista na foto abaixo, mergulhou de volta para a atmosfera, cruzando a fronteira Terra-espaço e coletando continuamente dados durante os breves 5 minutos de sua missão.É muito difícil coletar informações nessa região porque o local é muito alto para o uso de balões e muito baixo para os satélites artificiais.

Cientistas localizam fronteira entre a Terra e o espaço"Esta é a segunda vez que medições diretas de fluxos de partículas carregadas foram feitas nessa região e a primeira em que todos os ingredientes, como os fortes ventos acima da atmosfera, foram incluídos", explica o astrônomo David Knudsen, participante da pesquisa.

Influências sobre o clima da Terra

Os resultados vão ajudar os cientistas a compreenderem melhor o clima espacial, isolado dos efeitos da atmosfera terrestre, e dos seus impactos sobre a Terra.

"Os dados nos permitem calcular os fluxos de energia que entram na atmosfera terrestre e entender a interação entre o espaço e nosso ambiente. Isso pode representar um melhor entendimento da ligação entre as manchas solares e o aquecimento e o resfriamento do clima na Terra, bem como a forma como o clima espacial afeta os satélites e os sistemas de comunicação, navegação e energia," disse Knudsen

[Redação do Site Inovação Tecnológica
14/04/2009
]

Bibliografia:
Rocket-based measurements of ion velocity, neutral wind, and electric field in the collisional transition region of the auroral ionosphere
L. Sangalli, D. J. Knudsen, M. F. Larsen, T. Zhan, R. F. Pfaff, D. Rowland
Journal of Geophysical Research
7 April 2009
Vol.: 114, A04306
DOI: 10.1029/2008JA013757

Nesta semana teremos um dos eventos mais importantes do Ano Internacional da Astronomia. Trata-se da maratona de cem horas observando o céu, entre os dias 2 e 5 de abril. A ideia é mobilizar milhões (isso mesmo, milhões!) de pessoas no mundo inteiro em torno da astronomia. Para isso, entidades das mais variadas estão planejando ações de divulgação dos mais diferentes tipos: palestras, cursos, mesas-redondas e, é claro, muita observação do céu!

O projeto funciona assim. Começando na quinta feira, dia 2, clubes de astronomia, observatórios profissionais, universidades e voluntários de um modo geral vão apontar seus instrumentos para o céu. A motivação é fazer com que o maior número possível de curiosos tenha acesso a um telescópio pela primeira vez na vida. Essa rede de observadores vai se ampliando à medida que a noite vai avançando pelo mundo. Cada um faz como quiser, alguns eventos vão durar algumas horas apenas, outros vão encarar a maratona toda, inclusive observando de dia.

Nessa época teremos a Lua em quarto crescente e Saturno, com seus anéis quase de perfil, logo no comecinho da noite. Júpiter, Marte, Urano e Netuno na alta madrugada e Vênus logo antes do nascer do Sol. Isso falando dos planetas, mas durante a noite será possível observar uma quantidade enorme de outros objetos tão bonitos quanto interessantes, tais como aglomerados globulares, nebulosas planetárias, aglomerados abertos e outras galáxias.

Dentro das 100 horas (cuidado com o cacófato!) existem alguns programas chave. Conferências ao vivo de centros de ciências; discussões ao vivo sobre tópicos de astronomia e ciências transmitidos ao vivo pela internet de universidades e institutos de pesquisa.

Correndo o mundo em 80 telescópios: 24 horas de transmissões ao vivo diretamente de observatórios profissionais pelo mundo afora pela internet. No dia 3 de abril você pode acompanhar astrônomos trabalhando em seus observatório ao vivo, começando pelos observatórios do Havaí. Haverá entrevistas, explicações e imagens obtidas pelos pesquisadores na hora! A cada 20 minutos um observatório diferente, transmitido através do endereço eletrônico http://www.ustream.tv/channel/100-hours-of-astronomy.

24 horas de Astrofesta Global: durante 24 horas, no dia 4 de abril, associações de amadores disponibilizarão telescópios (inclusive telescópios solares) ao grande público. O objetivo principal dessa astrofesta é fazer com que o maior público possível tenha a oportunidade de observar o céu através de um telescópio.

Dia do Sol: o último dia da maratona será reservado à observação do astro que possibilita nossa existência. Atenção, apenas equipamentos apropriados devem usados para isso. Não tente apontar nada para ver o Sol – Galileu terminou seus dias praticamente cego por conta disso!

Cem horas de astronomia remota: durante todo o evento, diversos observatórios darão acesso remoto aos seus telescópios através da internet. Fazendo um cadastro, você poderá controlar um telescópio à distância, tirando fotos em tempo real para você!

Cem horas de astronomia júnior: um programa paralelo ao das 100 horas, mas com o objetivo de trazer a astronomia para as crianças.

A rede de observadores está cadastrada em http://www.100hoursofastronomy.org/, onde também há mais informações sobre este evento. Procure a ação mais próxima de você e participe!

Postado por Cássio Barbosa em 30 de março de 2009 às 12:05
[do G1]

Agência Fapesp
26/03/2009

Pela primeira vez astrônomos conseguem identificar um asteroide no espaço e recuperar seus fragmentos para análise em laboratório. Pedaços foram encontrados no deserto da Núbia, na África.

Evento de impacto


O asteroide que explodiu acima do deserto da Núbia, ao norte do Sudão, em outubro do ano passado, tinha tamanho comparável ao de um automóvel, mas se transformou em pó e diversos número de pedaços. Apesar do pequeno tamanho de suas partes que chegaram à superfície, o impacto do evento foi muito grande entre os cientistas.

Trata-se da primeira vez que um asteroide foi detectado no espaço antes de cair na Terra. A edição desta quinta-feira (26/3) da revista Nature destaca em sua capa um artigo produzido por um grupo internacional de pesquisadores sobre o impacto do 2008 TC3, como foi denominado o objeto.

Do telescópio ao microscópio

Como se sabia onde ele cairia, um grupo de cientistas correu para coletar os pedaços resultantes da entrada na atmosfera terrestre. Afinal, era a primeira oportunidade na história de comparar observações de um asteroide feitas por telescópios com análises em laboratório de seus fragmentos.

"Tais corpos têm sido observados como bolas de fogo com trilhas de fumaça à medida que passam pela Terra. É algo que observamos há anos. Mas ver um desses objetos antes que ele entre na atmosfera e segui-lo até o ponto de sua queda, isso é algo inédito", disse Douglas Rumble, do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, um dos autores do artigo.

Embora diversos pequenos objetos semelhantes ao TC3 atinjam a Terra todos os anos, até agora ninguém havia observado um antes que tal impacto ocorresse. Desta vez, o asteroide foi identificado no dia 6 de outubro, menos de 24 horas antes de cair no deserto africano, por telescópios do Catalina Sky Survey, no Arizona.

Composição química dos asteroides

Nas horas seguintes, astrônomos de diversos países foram alertados e passaram a calcular a trajetória e efetuar medidas da composição do objeto. As composições químicas de asteroides podem ser estudadas da Terra por meio da análise do espectro da luz solar refletida em sua superfície.

O método possibilita a obtenção de dados suficientes para dividir asteroides em categorias, mas não é suficiente para fornecer informações detalhadas de suas composições químicas, o que é feito com a análise laboratorial. Por outro lado, meteoritos encontrados podem ser analisados diretamente, mas não se tem informação direta de que tipo de asteroide eles derivam - fragmentos de asteroides (ou de meteoróides, que são menores) ao cair na Terra passam a se chamar meteoritos.

Caçadores de asteroides


Até a queda, o asteroide foi observado por telescópios e satélites e o brilho resultante de sua explosão na atmosfera foi visto por habitantes da região ao nordeste do Sudão e até mesmo pelo piloto e copiloto de um voo comercial que fazia a rota Joanesburgo-Amsterdã. Mas, semanas após o evento, ninguém tinha sinal de fragmentos.

No início de dezembro, Peter Jenniskens, do Instituto Seti, na Califórnia, decidiu ir ao Sudão, onde se encontrou com Muawia Shaddad, da Universidade de Cartum. Os dois lideraram uma equipe com 45 estudantes e integrantes da universidade na capital sudanesa e partiram em busca do que sobrou do asteroide.

Em poucos dias, o grupo conseguiu encontrar 47 fragmentos do TC3, um dos quais foi selecionado para análise laboratorial na Instituição Carnegie.

"Por ser feito de um material particularmente frágil, o asteroide explodiu a 37 quilômetros da superfície, fazendo com que seus fragmentos fossem espalhados por uma área extensa. Os meteoritos encontrados são diferentes de qualquer outro de que se tem notícia", disse Jenniskens, primeiro autor do artigo.

Nanodiamantes

A análise laboratorial mostrou sinais de que em algum ponto no passado o objeto foi submetido a temperaturas muito elevadas. "Sem dúvida alguma, de todos os meteoritos que estudamos, o carbono nesse foi cozido por mais tempo. Esse carbono, parecido com grafite, é o principal constituinte do meteorito", disse Andrew Steele, da Instituição Carnegie.

Nanodiamantes são outra forma de carbono encontrada no fragmento, o que, segundo os autores da pesquisa, oferece pistas sobre se o aquecimento foi causado por impactos em um asteroide original e maior ou por outros processos.

Isótopos de oxigênio fornecem informações sobre a "mãe do asteroide". Cada fonte de meteoritos no Sistema Solar, incluindo planetas como Marte, tem uma assinatura química específica dos isótopos 16O, 17O e 18O. Essa assinatura pode ser reconhecida até mesmo quando outras características variam, como a composição química ou o tipo de rocha.

"Isótopos de oxigênio representam a medida mais eficaz para determinar o grupo familiar de um meteorito", disse Rumble. Segundo ele, o TC3 pertence a uma categoria de meteoritos muito raros conhecidos como ureilitos, que podem ter derivado de um único objeto. Apenas 0,5% dos objetos que atingem a Terra estão nessa categoria.

Bibliografia:
The impact and recovery of asteroid 2008 TC3
P. Jenniskens et al.
Nature
26 March 2009
Vol.: 458, 485 (2009)
DOI: 10.1038/nature07920

[Inovação Tecnológica]

Encélado é o nome de uma das luas de Saturno. É um corpo celestial interessante porque possui geysers que projectam vapor de água e gelo.

Investigação recente mostrou que a pequena lua de Saturno não produz calor suficiente para evitar que a água congele. Em todos os modelos estudados, os dados indicam que a lua não poderia ser capaz de sustentar um oceano por mais de 30 milhões de anos (30.000.000). O problema é que o Sistema Solar tem 4,6 mil milhões de anos (4.600.000.000), segundo os naturalistas. 30 Milhões de anos é menos de 1% da idade que os naturalistas dizem que o Sistema Solar tem.

Se a lua Encélado sempre produziu o calor que actualmente produz, a lua teria gelado completamente há biliões de anos. Os cientistas lutam agora por tentar “explicar” como seria Encélado no passado, de forma a manter a extrema longevidade do Sistema Solar.

Reparem como os cientistas enfiam o Uniformitarismo na gaveta, quando os dados não encaixam no seu paradigma. Na Geologia, a filosofia uniformitarista ensina que os acontecimentos do passado são o resultado das forças que se observam hoje na Natureza. Ai do cientista que se atreva a dizer que as formações rochosas podem ter sido erigidas rapidamente como resultado de uma catástrofe. É logo rotulado como “criacionista” ou “fora da ciência”.

Mas como no caso da lua Encélado o Uniformitarismo já não encaixa com os dados observados, então é necessário encostá-lo ao canto e dizer que “no passado a coisa era diferente do que se observa hoje”.

Mais uma vez, este exemplo mostra que a discussão não se trata de “Religião vs. Ciência” mas sim de “Interpretação X vs. Interpretação Y“.

Este é só um dos muitos exemplos que revelam que o Sistema Solar não é tão antigo como os naturalistas dizem.
[A Lógica do Sabino]

Agência Fapesp
13/03/2009


Céu menos azul

Céu azul? Nem tanto. Pelo menos não como costumava ser há apenas três décadas, segundo pesquisa publicada nesta sexta-feira (13/3) pela revista Science.

O estudo, feito por pesquisadores das universidades de Maryland e do Texas, nos Estados Unidos, analisou dados de concentrações de aerossóis desde 1973 e apontou que a visibilidade sobre os continentes tem caído seguidamente.

Aerossóis são partículas sólidas ou líquidas em suspensão na atmosfera, que podem ser, por exemplo, fuligem, poeira e partículas de dióxido de enxofre. Ou seja, poluição, principalmente derivada da queima de combustíveis fósseis.

Poluição humana

Segundo o estudo, está justamente na poluição promovida pelo homem o maior motivo para que o céu sobre a superfície terrestre não esteja tão visível hoje como há 36 anos.

Kaicun Wang e seus colegas da Universidade de Maryland analisaram as concentrações de aerossóis e a profundidade óptica, isto é, a visibilidade em céu aberto.

Os pesquisadores verificaram que em todos os continentes a visibilidade piorou, com exceção da Europa, onde a situação está melhor do que em 1973, sinal de que as medidas antipoluição têm surtido efeito no continente.

Visibilidade do céu

Os dados foram obtidos de 3.250 estações meteorológicas em todo o mundo, compiladas pelo Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos. Também foram usados registros feitos por satélites.

Visibilidade foi considerada a distância que um observador consegue ver com clareza a partir de um determinado ponto - quanto mais aerossóis estão presentes no ar, menor a distância vista.

Em 58% das estações, a queda na visibilidade foi pelo menos cinco vezes maior do que na média mundial. Segundo os autores do estudo, o cenário mais grave está na Ásia, onde a visibilidade caiu principalmente na última década.

Aerossóis

"É a primeira vez que conseguimos informações globais de longo prazo a respeito de aerossóis sobre a superfície terrestre, que se somam aos dados já existentes sobre os oceanos. A base que reunimos se configura em um importante passo à frente na pesquisa sobre mudanças de longo prazo na poluição do ar e na correlação desse fator com as mudanças climáticas", disse Wang.

Aerossóis afetam a temperatura superficial da Terra ao refletir a luz solar de volta ao espaço - reduzindo a radiação na superfície - ou ao absorver a radiação, aquecendo a atmosfera. Os efeitos de esfriamento e aquecimento promovidos pelas partículas suspensas modificam as formações de nuvens e de chuvas.

Diferentemente dos aerossóis, o dióxido de carbono e outros gases, apesar de causadores do efeito estufa, são transparentes e não afetam a visibilidade.

Uma pesquisa realizada em 2006 mostrou que o Brasil tem o céu mais azul do mundo - veja Brasil tem o céu mais azul do mundo.

Bibliografia:
Clear Sky Visibility Has Decreased over Land Globally from 1973 to 2007
Kaicun Wang, Robert E. Dickinson, Shunlin Liang
Small
13 March 2009
Vol.: 323, Issue 5920, pp 1468-1470
DOI: 10.1126/science.1167549


[InovaçaoTecnológica]

link: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=poluicao-esta-diminuindo-visibilidade-do-ceu&id=010125090313


Um novo estudo realizado com a nebulosa planetária Helix, também conhecida como NGC 7293, detectou através de sua estrutura interior - chamada de "olho" pelos astrônomos - um rico cenário de galáxias distantes que jamais haviam sido vistas neste objeto astronômico, divulgou o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. A Helix, situada a 700 anos-luz da constelação de Aquário, é uma das mais próximas da Terra e foi fotografada pela câmera de alta resolução do Observatório La Silla, no Chile.

Objeto de incessantes estudos do ESO e das agências espaciais americana (Nasa) e européia (ESA), por meio do telescópio espacial Hubble, a Helix ainda permanece parcialmente compreendida. As galáxias remotas identificadas pelo interior da Helix ficam em áreas de pouca propagação de gás brilhante, próximas à região central da nebulosa. Algumas delas parecem se separar em grupos dispersos por várias partes da imagem, informaram os cientistas.

Apesar de impressionar fotograficamente, a Helix tem uma fraca visualização por não se espalhar por uma grande área do céu, o que dificulta maiores descobertas sobre sua estrutura. Embora seja semelhante a uma rosquinha, análises mostraram que possivelmente a nebulosa seja constituída por pelo menos dois discos - um interior, com 12 mil anos, e um exterior, com 6,6 mil anos.

Os cientistas acreditam que o disco interior emane o seu brilho muito mais rápido que o exterior, em uma velocidade que beira os 100 mil km/h. Além disso, o anel interior é constituído por estruturas semelhantes a bolhas, com caudas que parecem escorrer como "gotas" do centro da estrela para fora.

De acordo com o ESO, cada bolha é tão grande quanto o nosso Sistema Solar - que mede aproximadamente 7,4 milhões de quilômetros. Outro ponto que chama a atenção é o tamanho do anel principal: dois anos-luz de extensão ou cerca de 19 trilhões de quilômetros.

Nebulosas planetárias
As nebulosas planetárias são formações geradas pelos resquícios da morte de uma estrela, como gases e plasma, e desaparecem gradualmente ao longo de dezenas de milhares de anos.

A Helix é um exemplo de nebulosa planetária formada por uma estrela similar ao Sol nos últimos estágios de vida, com a estrela remanescente se convertendo em uma anã branca. O corpo celeste foi descoberto pelo astrônomo Karl Ludwig Harding por volta de 1824.
(Terra)

O planeta Terra pode estar sob a ameaça de ser atingido por milhares de cometas que circulam nos arredores do sistema solar e não podem ser detectados pelos cientistas, afirma uma reportagem publicada na edição desta semana da revista britânica New Scientist.

A revista entrevistou dois astrônomos britânicos que afirmam que, apesar de todo trabalho de monitoramento desses corpos celestes feitos por agências espaciais, muitos deles não poderiam ser detectados por serem o que eles chamam de "cometas escuros".

Segundo Bill Napier, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, e David Asher, do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte, estes cometas escuros podem ser uma ameaça à Terra.

"Cometas escuros, dormentes, são uma significativa, mas muitas vezes invisível, ameaça ao planeta", disse Napier à revista.

Segundo os cientistas, pelos cálculos sobre a entrada de cometas no sistema solar, é possível que haja pelo menos 3 mil desse corpos celestes próximos à região, mas apenas 25 deles são conhecidos.

Napier e Asher afirmam que muitos desses cometas não podem ser vistos "simplesmente porque são muito escuros".

Isto acontece quando o gelo de um cometa "ativo" - que reflete a luz do sol - se evapora, deixando para trás somente uma crosta que reflete apenas uma fração de luz.

Calor

Os cientistas citam como exemplo o cometa IRAS-Araki-Alcock, que passou a uma distância de 5 milhões de quilômetros da Terra em 1983 - a menor registrada em 200 anos.

Segundo eles, o cometa foi detectado apenas duas semanas antes de sua aproximação.

"Ele tinha apenas 1% de suas superfície ativa", diz Napier.

De acordo com os pesquisadores, quando uma sonda da Nasa pousou no cometa Borrelly, em 2001, também teria registrado várias manchas "negras" em sua superfície.

Outro cientista entrevistado pela revista, no entanto, se mostrou mais cético sobre a ameaça.

Segundo Clark Chapman, do Southwest Research Institute, no Colorado, Estados Unidos, "estes cometas absorveriam bem a luz do sol, então poderiam ser detectados pelo calor que emitiriam". [BBCBrasil]

Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema solar nos últimos anos, ajudou a redefinir o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na revista especializada International Journal of Astrobiology.

As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.

Mesmo que haja quase 40 mil planetas com vida, no entanto, é muito pouco provável que seja estabelecido qualquer contato com vida alienígena.

Pesquisadores apresentam estimativas de vida inteligente fora da Terra com frequência, mas é um processo quase que de adivinhação - estimativas recentes variam entre um milhão e menos de um planeta com alguma forma de vida.

"É um processo para quantificar nossa ignorância", disse Forgan.

Simulações

Em seu artigo, Forgan conta que criou uma simulação de uma galáxia parecida com a nossa, permitindo que ela desenvolva sistemas solares baseados no que se conhece a partir da existência dos planetas fora do nosso sistema solar - os chamados exoplanetas.

Esses mundos alienígenas simulados foram então submetidos a três cenários diferentes.

O primeiro cenário parte da premissa de que o surgimento da vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Neste caso, haveria 361 civilizações inteligentes na galáxia.

O segundo parte do princípio de que a vida pode surgir facilmente, mas sua evolução para vida inteligente seria difícil. Nessas condições, a estimativa é de que haveria 31.513 outros planetas com alguma forma de vida.

O terceiro caso examina a possibilidade de que a vida poderia ter passado de um planeta para outro durante colisões de asteroides - uma teoria popular de como a vida surgiu na Terra.

Neste caso, a estimativa é de que haveria 37.964 civilizações inteligentes.

Suposições

Se, por um lado, a descoberta de novos planetas distantes e desconhecidos pode ajudar em uma estimativa mais precisa sobre o número de planetas semelhantes à Terra, algumas variáveis nesses cálculos continuarão sendo meras suposições.

Por exemplo, o tempo entre a formação de um planeta e o surgimento das primeiras formas de vida, ou deste momento até a existência de vida inteligente, são grandes variáveis em uma suposição geral.

Nesses casos, afirma Forgan, teremos que continuar partindo do princípio de que a Terra não é uma exceção.

"É importante nos darmos conta de que o quadro que construímos ainda está incompleto", disse o astrofísico.

"Mesmo que existam formas de vida alienígenas, nós não necessariamente conseguiremos fazer contato com elas, e não temos nenhuma ideia de sua forma."

"A vida em outros planetas pode ser tão variada como na Terra e não podemos prever como são as formas de vida inteligente de outros planetas, ou como elas se comportam", conclui. [BBCbrasil]
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Citação extra:
“ O resultado mais fantástico da exploração planetária é a diversidade dos planetas...
Eu quisera que não fosse assim, mas, de certa forma, não creio que nós aprenderemos muito
sobre a Terra apenas observando os demais planetas. Quanto mais os observamos, mais
nos conscientizamos de que cada um deles parece ser único.”
[David Stevenson – professor de ciência planetária do Califórnia Institute of Technology]
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Astro poderá ser visto às 4h das madrugadas de sábado e domingo.

[Marcy Monteiro Neto,
da redação do site TVCA]


Os mato-grossenses poderão acompanhar a passagem de um cometa pelos céus nos céus no fim de semana. O cometa Lulin, descoberto por uma equipe de astrônomos chineses, deve chegar a uma intensidade de brilho que o permita ser observável a olho nu em Mato Grosso.

O astrônomo amador Eduardo Baldaci disse ao site da TV Centro América que o cometa está em ponto de fácil localização na constelação de Libra como um objeto pálido de cor esverdeada. O cometa poderá ser visível por volta das 4h no horizonte leste, próximo ao local do nascer do sol.

"Há grandes chances deste cometa passar pelo fenômeno 'Outburst', que é um aumento repentino de brilho", disse Baldaci. Ele lembra que os dois últimos cometas brilhantes também tiveram forte influência das atividades solares. "Com binóculo o fenômeno poderá ser visto até o fim de março", completou. A expectativa agora é de que não chova e que o céu não fique nublado nas madrugadas de sábado e domingo.

Ano Astronômico Internacional

O ano de 2009 foi decretado pela Unesco como Ano Astronômico Internacional com o objetivo de comemorar os 400 anos da invenção do telescópio e as primeiras observações telescópicas feitas por Galileu Galilei. Atividades programadas para este ano também têm como intenção divulgar a astronomia em todo o mundo.

A Astronomia é uma das ciências mais antigas e deu origem a campos inteiros da Física e da Matemática. Teve papel fundamental na organização do tempo e do espaço explorados pela humanidade. Forneceu as ferramentas conceituais para a astronáutica, para a análise espectral da luz, para a fusão nuclear, para a procura de partículas elementares. [Tv Centro América]
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Conheça as partes que compõe o cometa C/2007 N3 Lulin

Apesar de ainda não estar visível à vista desarmada, as observações do cometa C/2007 N3 Lulin através de pequenos telescópios já podem revelar interessantes aspectos da formação do astro, assim como sua composição química. Se você está ansioso para ver o cometa, que se torna mais brilhante a cada dia, este artigo pode tirar algumas dúvidas que certamente surgirão durante as observações.
Núcleo
Visto através de uma luneta ou telescópio, C/2007 N3 Lulin é uma bolinha difusa de cor esverdeada, com um ponto mais claro e brilhante no seu interior, chamado de núcleo. Ainda não se conhece as dimensões exatas do núcleo de C/2007 N3 Lulin, mas estima-se que tenha algo em torno de 5 e 35 quilômetros de diâmetro.

Da mesma forma que em outros cometas, seu núcleo é formado por "pedras de gelo sujo", composto principalmente de CO2 (dióxido de carbono ou gelo seco).

Coma
Quando esta pedra de gelo sujo se aproxima do Sol a temperatura em sua superfície aumenta. Se atingir 52 graus negativos o volátil CO2 se transforma em gás, dotando o cometa de uma extensa cabeleira que dá ao astro sua aparência característica. Essa cabeleira é chamada de "coma" e no caso de C/2007 N3 Lulin tem aproximadamente 500 mil quilômetros de diâmetro, três vezes maior que o planeta Júpiter.

O tom esverdeado da coma de Lulin é de devido à presença abundante de Cianogênio CN e carbono biatômico, C2, que quando submetidos à luz solar emitem luz verde no comprimento de onda ao redor de 550 nanômetros.

Ao redor da coma existe uma nuvem invisível chamada envelope de hidrogênio, mas que só pode ser observada no espectro ultravioleta. Como a atmosfera da Terra bloqueia grande parte desse comprimento de onda, esse envelope só pode ser visto de fora da Terra através de satélites e telescópios espaciais.

Caudas e Trilhas
Na imagem acima podemos ver claramente duas caudas ou trilhas, uma de cada lado do cometa C/2007 N3 Lulin. A trilha da esquerda é chamada de cauda de poeira e a trilha da direita, cauda de íons ou de plasma.

A cauda de íons é formada por moléculas de gás eletricamente carregadas que são afastadas do núcleo pela ação do vento solar. Por ser eletricamente ativa, algumas vezes essa cauda surge e desaparece, coincidindo com o momento que o cometa cruza a região onde o campo magnético solar se inverte.

A cauda de poeira de qualquer cometa sempre aponta para o lado contrário ao Sol e não é diferente no caso de C/2007 N3 Lulin. Ela é formada por micropartículas de poeira (a o redor de 1 micron de diâmetro) que evaporaram do núcleo e são empurradas para longe do cometa. Essa é a cauda mais fácil de ser observada pois reflete a luz solar. Uma observação mais atenta mostra que a cauda de um cometa é curvada, uma vez que o objeto se move dentro de uma órbita.Vendo o cometa
Atualmente (03 fev) o cometa se encontra no interior da constelação de Libra e no dia 06 de fevereiro entrará em conjunção com a estrela Zubenelgenubi, o que facilitará bastante sua localização, mesmo por quem não conheça bem o céu. Neste dia a distância do cometa terá diminuído para 116 milhões de quilômetros.

A carta celeste mostrada acima retrata a posição do cometa e das estrelas às 02h30 da madrugada e tem validade até o dia 6 de fevereiro. O gráfico mostra claramente que no dia 6 de fevereiro o cometa estará colado à brilhante Zubenelgenubi, facilitando bastante sua localização.

[Foto: no topo, as parte do cometa C/2007 N3 Lulin pode ser facilmente identificadas. A foto é de autoria do astrônomo italiano Rolando Ligustri. Acima, carta celeste mostra a posição do cometa (bolinha azul) até o dia 6 de fevereiro. Crédito: Apolo11.]

Ele tem menos de duas vezes o diâmetro da Terra, segundo astrônomos.
Mas, como gira muito próximo de sua estrela, é incapaz de abrigar vida.

[Salvador Nogueira
Do G1, em São Paulo]


[Concepção artística de planeta passando à frente da estrela; na porção inferior, gráfico mostra como a detecção seria feita, por conta da redução momentanea de brilho estelar (Foto: CNES)]

Cientistas europeus acabam de anunciar a descoberta do menor planeta já descoberto fora do Sistema Solar. Ele é rochoso e tem menos de duas vezes o diâmetro da Terra. Mas é bom não se animar; muito próximo de sua estrela mãe, ele completa um ano a cada 20 horas e experimenta temperaturas altíssimas em sua superfície.

De toda forma, a busca por astros cada vez mais parecidos com a Terra começa a esquentar, graças aos trabalhos do satélite franco-europeu Corot. Projetado pela agência espacial francesa (CNES), o projeto, que conta também com participação brasileira, é basicamente um telescópio espacial da alta sensibilidade, que consegue medir pequenas variações no brilho da estrela. Dependendo do padrão de variação, o fenômeno pode denunciar a ocorrência de um "estelemoto" (um terremoto estelar) ou a passagem de um planeta à frente da estrela (como representado na imagem acima).

Foi assim que o Corot detectou o novo astro, designado COROT-Exo-7b. Sua temperatura local na superfície deve ficar entre 1.000 e 1.500 graus Celsius. Sua composição ainda não é certa. Ele pode ser majoritariamente composto por água (ou, com esse calor todo, vapor d'água), ou pode ser majoritariamente rochoso, como a Terra. Só que uma Terra no lugar errado do sistema planetário -- muito perto da estrela, de forma que a superfície passe o tempo todo como lava derretida.

Em ambos os casos, é um cenário diferente de tudo que pode ser encontrado em nosso próprio Sistema Solar.

"Encontrar um planeta pequeno assim não foi uma surpresa completa", disse, em nota, Daniel Rouan, pesquisador do Observatório de Paris Lesia e coordenador do projeto. "O COROT-Exo-7b pertence a uma classe de objetos cuja existência já foi prevista há um bom tempo. O Corot foi projetado exatamente na esperança de encontrar alguns desses objetos."

Para nossas mentes limitadas já é grande o exercício de imaginação quando pensamos no tamanho do nosso macrocosmo. Desde planetas, sistemas solares, galáxias, passando pelo desconhecido dos buracos negros e outros objetos intrigantes no Universo, pare um pouco e imagine que isso tudo possa se repetir ainda outras vezes, quem sabe outros universos!? Deixando de lado minhas especulações sobre o assunto, e considerando-me incapaz de entender sequer o mais básico dos elementos dessa série complicada de objetos espaciais, apenas reproduzo abaixo um interessante estudo sobre esse assunto. Devo deixar claro de início que não compactuo com a teoria do Big Bang para o surgimento de todos estes complexos fenômenos, sendo assim proponho a você uma leitura crítica que lhe proporcione o reconhecimento da nossa limitada ciência e ínfima capacidade para lidar com uma “tecnologia” tão alta, a “God tecnology” [RAB]
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[Imagem: NASA/WMAP/A. Kashlinsky et al.]

Fluxo Escuro pode ser a prova da existência de outro universo

Redação do Site Inovação Tecnológica
26/01/2009Universo observável


Cientistas acreditam ter encontrado as provas da existência de outro universo. E, para formar uma trindade com a Matéria Escura e com a Energia Escura, ambas responsáveis por mais de 95% do nosso universo, os astrônomos batizaram essa nova evidência de Fluxo Escuro.

Por mais poderosos que sejam os telescópios, os já construídos, os que estão em construção, ou mesmo aqueles que estão apenas nos mais delirantes sonhos dos astrônomos, há uma espécie de "muro" na borda do nosso universo, além do qual nada se pode enxergar ou detectar.

Não se trata de uma barreira física, mas de uma distância: além de 45 bilhões de anos-luz de distância, a luz não teve tempo de chegar até nós e poderemos nunca saber o que existe além. Apesar de se calcular que nosso universo tenha uma idade de 13,7 bilhões de anos, ele está em expansão - levando essa expansão em conta, os astrônomos calculam que a última fronteira observável do nosso universo está agora a aproximadamente 45 bilhões de anos-luz de distância.

Aglomerados de galáxias


A única esperança que resta para descobrirmos algo sobre essa região inalcançável estaria em encontrarmos algum "buraco" nesse muro, alguma interferência causada no universo observável por aquilo que está além dele.

É isto o que quatro cosmologistas, coordenados pelo professor Alexander Kashlinsky, da NASA, acreditam ter encontrado.

Utilizando dados coletados pelo observatório WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), os cientistas detectaram aglomerados de galáxias movendo-se a até 1.000 quilômetros por segundo, algo totalmente incompatível com todas as atuais teorias.

Fluxo Escuro

Mais impressionante do que tamanha velocidade, todos os aglomerados galácticos observados pelos cientistas - quase 800 - parecem estar se dirigindo para um único ponto no céu, localizado entre as constelações de Sagitário e Vela. O movimento em direção a esse ponto foi chamado de Fluxo Escuro, um fluxo de matéria ainda sem causa ou explicação conhecidas.

Na imagem, esses aglomerados estão representados pelos pontos brancos, registrados sobre a radiação cósmica de fundo, uma radiação na faixa das micro-ondas que inundou o Universo 400.000 anos depois do Big Bang. Todos parecem estar se dirigindo para o ponto roxo mostrado na figura.

Kashlinsky e seus colegas defendem que essas evidências são as primeiras informações que indicam a existência de algo além do nosso universo, reforçando a chamada "teoria os multiversos", que estabelece que o nosso universo é apenas um dentre inumeráveis que existem.

Outros universos ou novas teorias


Mesmo os cosmologistas que não concordam com a conclusão afirmam que o achado é impressionante, e que ele será responsável, no mínimo, por alterar quase tudo o que se acreditava correto até hoje nas teorias sobre a estrutura e a formação do nosso universo.

Segundo os cientistas, a Matéria Escura não poderia ser responsável pelo Fluxo Escuro porque ela não produz gravidade suficiente para isso. E tampouco a Energia Escura poderia ser a causa, porque ela está espalhada de maneira uniforme ao longo do universo, não podendo ser capaz de carrear tamanha quantidade de matéria numa única direção.

Daí vem a conclusão lógica: somente alguma coisa além do nosso horizonte cósmico pode ser responsável por gerar o Fluxo Escuro. E, se todas as teorias atuais a respeito da formação do nosso universo estão corretas, algo que está além dele somente poderia ser outro universo.

Bibliografia:
A measurement of large-scale peculiar velocities of clusters of galaxies: results and cosmological implications.
NASA
Astrophysical Journal Letters
Vol.: 686:L49-L52

Esse vídeo é muito legal, dá uma noção boa da dimensão do universo. Aproveitem!


Hoje o céu está limpinho (pelo menos sem núvens...) então apesar do meu nada imponente binóculo astronômico, consegui fazer uma foto da "Lua de hoje"
Essa aí é a foto (acima)... Mas como eu não me contive em apenas colocar essa foto aí assim... E já que é a primeira de várias que pretendo postar por aqui, decidi colocar também esse artigo (abaixo) que publiquei no "mundocriado.com" há algum tempo...
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A Lua Saiu da terra?
Você já parou para pensar no porque de coisas "simples" serem do jeito que são?
Sei que você não tem dúvida de que a lua é aredondada... (basta ver a foto)
Mas... acompanhe comigo esse raciocinio e perceba como o simples pode se tornar complexo:
"A lua está se afastando da Terra, cerca de 3,82 (+-0,07) centímetros por ano (1)". "A distância média atual entre a Terra e a Lua é de aproximadamente 384.000 Km (2)". "Se a Lua estivesse a 192.200 Km de distância da Terra, as marés seriam 8 vezes maiores que as atuais... ...teriam deixado marcas visíveis nas regioes costeiras do nosso planeta. Tais marcas não foram detectadas.(3)"
"Os cálculos mostram que o limite máximo de tempo para que a Lua começasse a se afastar da Terra seria de 1,2 bilhões de anos atrás!, Para que isso acontecesse a terra teria que dar uma volta a cada 4 horas e 57 minutos em torno do próprio eixo. Isto significa que a lua teria começado a se afastar da terra a 1,2 bilhões de anos atrás? Não! Isto significa que seria inconcebível aceitar a idéia de vida na Terra a bilhões de anos. O efeito da força gravitacional da Lua sobre a Terra de bilhões de anos sería devastador(4)"
"Vale lembrar ainda que segundo o modelo evolucionista, o universo teria cerca de 13,7 bilhões de anos, a Terra teria cerca de 4,6 bilhões de anos, e a "vida" teria cerca de 3,8 bilhões de anos. Se fossemos ainda considerar a teoria de que a lua surgiu a partir de um pedaço da Terra, teríamos que considerar a bela "coencidência" da Lua ser arredondada e não uma lasca."[RAB]

(1)-J.O. Dickey et al., Lunar Laser Ranging: A Continuing Legacy of the Apollo Program, Science, Vol 265, 22 de julho de 1994, p. 486
(2)-(3)-(4)-Lourenço, Adauto., Como Tudo Começou- Uma introdução ao Criacionismo, p. 96 e 97.


Resultados são de pesquisadores americanos.
Nossa galáxia rivaliza em porte com sua vizinha Andrômeda.


Da EFE

Cientistas americanos descobriram que a Via Láctea pesa 50% a mais do que era estimado antes e gira em torno de seu próprio exio a 965.600 km/h, quase 161.000 km/h mais rápido do que se considerava anteriormente.

A equipe, formada por pesquisadores do Observatório Nacional de Rádio e Astronomia dos EUA e do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, apresentou nesta segunda-feira (5) os resultados de sua pesquisa em reunião da Sociedade Americana de Astronomia em Long Beach, na Califórnia.

Eles explicam que, por ser mais veloz e pesada, a galáxia tem maior força gravitacional, o que significa que são maiores as possibilidades de ela colidir com a galáxia de Andrômeda, ou com outras, menores e mais próximas.

"Acabou a ideia de a Via Láctea como irmã menor de Andrômeda em nosso grupo local", afirmou o cientista Mark Reid, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

O fato de as observações científicas terem sido feitas de o interior da galáxia dificulta as medições e o estudo de sua estrutura, algo mais simples para o restante de galáxias, das quais se pode obter uma imagem geral.

Até agora, o valor das magnitudes da Via Láctea era calculado por medições indiretas.

No entanto, os radiotelescópios VLBA da Fundação de Ciência Nacional dos EUA registram imagens de alta qualidade e medidas diretas de distâncias e movimentos que não dependem de outras propriedades, como o brilho.

Nas imagens da galáxia captadas pelos radiotelescópios, os cientistas localizaram regiões de intensa formação de estrelas nas quais moléculas gasosas aumentam as emissões de rádio.

Essas áreas servem como marcas brilhantes para o radiotelescópio, o que permitiu determinar os movimentos tridimensionais dessas regiões, que, em sua maioria, seguem um caminho circular, na medida em que se movimentam pela galáxia, mas elíptico e a uma velocidade inferior às das demais regiões.

Os pesquisadores atribuem estes movimentos às ondas expansivas de densidade espiral, que tomam gás de uma órbita circular, o comprimem para formar estrelas e originam uma nova órbita elíptica.

Esses processos, segundo explicam os cientistas, contribuem para reforçar a estrutura espiral da Via Láctea.

A equipe sugere ainda que a galáxia tem quatro, e não dois braços, de gás e pó em espiral, nos quais se formam estrelas. [G1]

Comentário: "Não passou por alto o fato de a menos de 4 meses os "cientistas" terem dito que eram 2 os braços da Via Láctea... Agora, são 4 outra vez! Importante também é ter a noção de que se tratando de nossa galáxia, é praticamente impossível uma análise precisa. Muita coisa há acima do céu que nossas vãs filosofias não compreendem... já dizia Shakespeare..."

Olá, este blog é na verdade uma extensão do "www.mundocriado.com"
É a minha tentativa de focar com uma atenção e carinho especial uma das coisas que mais me encantam e que está ao alcance de qualquer ser humano que possa enxergar.
Basta olhar para cima!
Olhando para cima podemos ver muito mais que pontinhos luminosos... Podemos ver a expressão artística mais deslumbrante e abundante de todas que o Criador fez... O universo!!!

Você está convidado a viajar pelas ultimas notícias da mídia sobre astronomia e também conferir
imágens espetaculares, algumas que eu consigo captar e outras de grandes telescópios!

Este blog não terá a velocidade de atualizações que o "mundocriado" tem, por isso, aprecie cada postagem com cuidado e atenção de um pesquisador! Aprenda mais sobre o universo!

Acima de tudo...
Olhe para o céu!!!

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