Nesta semana teremos um dos eventos mais importantes do Ano Internacional da Astronomia. Trata-se da maratona de cem horas observando o céu, entre os dias 2 e 5 de abril. A ideia é mobilizar milhões (isso mesmo, milhões!) de pessoas no mundo inteiro em torno da astronomia. Para isso, entidades das mais variadas estão planejando ações de divulgação dos mais diferentes tipos: palestras, cursos, mesas-redondas e, é claro, muita observação do céu!

O projeto funciona assim. Começando na quinta feira, dia 2, clubes de astronomia, observatórios profissionais, universidades e voluntários de um modo geral vão apontar seus instrumentos para o céu. A motivação é fazer com que o maior número possível de curiosos tenha acesso a um telescópio pela primeira vez na vida. Essa rede de observadores vai se ampliando à medida que a noite vai avançando pelo mundo. Cada um faz como quiser, alguns eventos vão durar algumas horas apenas, outros vão encarar a maratona toda, inclusive observando de dia.

Nessa época teremos a Lua em quarto crescente e Saturno, com seus anéis quase de perfil, logo no comecinho da noite. Júpiter, Marte, Urano e Netuno na alta madrugada e Vênus logo antes do nascer do Sol. Isso falando dos planetas, mas durante a noite será possível observar uma quantidade enorme de outros objetos tão bonitos quanto interessantes, tais como aglomerados globulares, nebulosas planetárias, aglomerados abertos e outras galáxias.

Dentro das 100 horas (cuidado com o cacófato!) existem alguns programas chave. Conferências ao vivo de centros de ciências; discussões ao vivo sobre tópicos de astronomia e ciências transmitidos ao vivo pela internet de universidades e institutos de pesquisa.

Correndo o mundo em 80 telescópios: 24 horas de transmissões ao vivo diretamente de observatórios profissionais pelo mundo afora pela internet. No dia 3 de abril você pode acompanhar astrônomos trabalhando em seus observatório ao vivo, começando pelos observatórios do Havaí. Haverá entrevistas, explicações e imagens obtidas pelos pesquisadores na hora! A cada 20 minutos um observatório diferente, transmitido através do endereço eletrônico http://www.ustream.tv/channel/100-hours-of-astronomy.

24 horas de Astrofesta Global: durante 24 horas, no dia 4 de abril, associações de amadores disponibilizarão telescópios (inclusive telescópios solares) ao grande público. O objetivo principal dessa astrofesta é fazer com que o maior público possível tenha a oportunidade de observar o céu através de um telescópio.

Dia do Sol: o último dia da maratona será reservado à observação do astro que possibilita nossa existência. Atenção, apenas equipamentos apropriados devem usados para isso. Não tente apontar nada para ver o Sol – Galileu terminou seus dias praticamente cego por conta disso!

Cem horas de astronomia remota: durante todo o evento, diversos observatórios darão acesso remoto aos seus telescópios através da internet. Fazendo um cadastro, você poderá controlar um telescópio à distância, tirando fotos em tempo real para você!

Cem horas de astronomia júnior: um programa paralelo ao das 100 horas, mas com o objetivo de trazer a astronomia para as crianças.

A rede de observadores está cadastrada em http://www.100hoursofastronomy.org/, onde também há mais informações sobre este evento. Procure a ação mais próxima de você e participe!

Postado por Cássio Barbosa em 30 de março de 2009 às 12:05
[do G1]

Agência Fapesp
26/03/2009

Pela primeira vez astrônomos conseguem identificar um asteroide no espaço e recuperar seus fragmentos para análise em laboratório. Pedaços foram encontrados no deserto da Núbia, na África.

Evento de impacto


O asteroide que explodiu acima do deserto da Núbia, ao norte do Sudão, em outubro do ano passado, tinha tamanho comparável ao de um automóvel, mas se transformou em pó e diversos número de pedaços. Apesar do pequeno tamanho de suas partes que chegaram à superfície, o impacto do evento foi muito grande entre os cientistas.

Trata-se da primeira vez que um asteroide foi detectado no espaço antes de cair na Terra. A edição desta quinta-feira (26/3) da revista Nature destaca em sua capa um artigo produzido por um grupo internacional de pesquisadores sobre o impacto do 2008 TC3, como foi denominado o objeto.

Do telescópio ao microscópio

Como se sabia onde ele cairia, um grupo de cientistas correu para coletar os pedaços resultantes da entrada na atmosfera terrestre. Afinal, era a primeira oportunidade na história de comparar observações de um asteroide feitas por telescópios com análises em laboratório de seus fragmentos.

"Tais corpos têm sido observados como bolas de fogo com trilhas de fumaça à medida que passam pela Terra. É algo que observamos há anos. Mas ver um desses objetos antes que ele entre na atmosfera e segui-lo até o ponto de sua queda, isso é algo inédito", disse Douglas Rumble, do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, um dos autores do artigo.

Embora diversos pequenos objetos semelhantes ao TC3 atinjam a Terra todos os anos, até agora ninguém havia observado um antes que tal impacto ocorresse. Desta vez, o asteroide foi identificado no dia 6 de outubro, menos de 24 horas antes de cair no deserto africano, por telescópios do Catalina Sky Survey, no Arizona.

Composição química dos asteroides

Nas horas seguintes, astrônomos de diversos países foram alertados e passaram a calcular a trajetória e efetuar medidas da composição do objeto. As composições químicas de asteroides podem ser estudadas da Terra por meio da análise do espectro da luz solar refletida em sua superfície.

O método possibilita a obtenção de dados suficientes para dividir asteroides em categorias, mas não é suficiente para fornecer informações detalhadas de suas composições químicas, o que é feito com a análise laboratorial. Por outro lado, meteoritos encontrados podem ser analisados diretamente, mas não se tem informação direta de que tipo de asteroide eles derivam - fragmentos de asteroides (ou de meteoróides, que são menores) ao cair na Terra passam a se chamar meteoritos.

Caçadores de asteroides


Até a queda, o asteroide foi observado por telescópios e satélites e o brilho resultante de sua explosão na atmosfera foi visto por habitantes da região ao nordeste do Sudão e até mesmo pelo piloto e copiloto de um voo comercial que fazia a rota Joanesburgo-Amsterdã. Mas, semanas após o evento, ninguém tinha sinal de fragmentos.

No início de dezembro, Peter Jenniskens, do Instituto Seti, na Califórnia, decidiu ir ao Sudão, onde se encontrou com Muawia Shaddad, da Universidade de Cartum. Os dois lideraram uma equipe com 45 estudantes e integrantes da universidade na capital sudanesa e partiram em busca do que sobrou do asteroide.

Em poucos dias, o grupo conseguiu encontrar 47 fragmentos do TC3, um dos quais foi selecionado para análise laboratorial na Instituição Carnegie.

"Por ser feito de um material particularmente frágil, o asteroide explodiu a 37 quilômetros da superfície, fazendo com que seus fragmentos fossem espalhados por uma área extensa. Os meteoritos encontrados são diferentes de qualquer outro de que se tem notícia", disse Jenniskens, primeiro autor do artigo.

Nanodiamantes

A análise laboratorial mostrou sinais de que em algum ponto no passado o objeto foi submetido a temperaturas muito elevadas. "Sem dúvida alguma, de todos os meteoritos que estudamos, o carbono nesse foi cozido por mais tempo. Esse carbono, parecido com grafite, é o principal constituinte do meteorito", disse Andrew Steele, da Instituição Carnegie.

Nanodiamantes são outra forma de carbono encontrada no fragmento, o que, segundo os autores da pesquisa, oferece pistas sobre se o aquecimento foi causado por impactos em um asteroide original e maior ou por outros processos.

Isótopos de oxigênio fornecem informações sobre a "mãe do asteroide". Cada fonte de meteoritos no Sistema Solar, incluindo planetas como Marte, tem uma assinatura química específica dos isótopos 16O, 17O e 18O. Essa assinatura pode ser reconhecida até mesmo quando outras características variam, como a composição química ou o tipo de rocha.

"Isótopos de oxigênio representam a medida mais eficaz para determinar o grupo familiar de um meteorito", disse Rumble. Segundo ele, o TC3 pertence a uma categoria de meteoritos muito raros conhecidos como ureilitos, que podem ter derivado de um único objeto. Apenas 0,5% dos objetos que atingem a Terra estão nessa categoria.

Bibliografia:
The impact and recovery of asteroid 2008 TC3
P. Jenniskens et al.
Nature
26 March 2009
Vol.: 458, 485 (2009)
DOI: 10.1038/nature07920

[Inovação Tecnológica]

Encélado é o nome de uma das luas de Saturno. É um corpo celestial interessante porque possui geysers que projectam vapor de água e gelo.

Investigação recente mostrou que a pequena lua de Saturno não produz calor suficiente para evitar que a água congele. Em todos os modelos estudados, os dados indicam que a lua não poderia ser capaz de sustentar um oceano por mais de 30 milhões de anos (30.000.000). O problema é que o Sistema Solar tem 4,6 mil milhões de anos (4.600.000.000), segundo os naturalistas. 30 Milhões de anos é menos de 1% da idade que os naturalistas dizem que o Sistema Solar tem.

Se a lua Encélado sempre produziu o calor que actualmente produz, a lua teria gelado completamente há biliões de anos. Os cientistas lutam agora por tentar “explicar” como seria Encélado no passado, de forma a manter a extrema longevidade do Sistema Solar.

Reparem como os cientistas enfiam o Uniformitarismo na gaveta, quando os dados não encaixam no seu paradigma. Na Geologia, a filosofia uniformitarista ensina que os acontecimentos do passado são o resultado das forças que se observam hoje na Natureza. Ai do cientista que se atreva a dizer que as formações rochosas podem ter sido erigidas rapidamente como resultado de uma catástrofe. É logo rotulado como “criacionista” ou “fora da ciência”.

Mas como no caso da lua Encélado o Uniformitarismo já não encaixa com os dados observados, então é necessário encostá-lo ao canto e dizer que “no passado a coisa era diferente do que se observa hoje”.

Mais uma vez, este exemplo mostra que a discussão não se trata de “Religião vs. Ciência” mas sim de “Interpretação X vs. Interpretação Y“.

Este é só um dos muitos exemplos que revelam que o Sistema Solar não é tão antigo como os naturalistas dizem.
[A Lógica do Sabino]

Agência Fapesp
13/03/2009


Céu menos azul

Céu azul? Nem tanto. Pelo menos não como costumava ser há apenas três décadas, segundo pesquisa publicada nesta sexta-feira (13/3) pela revista Science.

O estudo, feito por pesquisadores das universidades de Maryland e do Texas, nos Estados Unidos, analisou dados de concentrações de aerossóis desde 1973 e apontou que a visibilidade sobre os continentes tem caído seguidamente.

Aerossóis são partículas sólidas ou líquidas em suspensão na atmosfera, que podem ser, por exemplo, fuligem, poeira e partículas de dióxido de enxofre. Ou seja, poluição, principalmente derivada da queima de combustíveis fósseis.

Poluição humana

Segundo o estudo, está justamente na poluição promovida pelo homem o maior motivo para que o céu sobre a superfície terrestre não esteja tão visível hoje como há 36 anos.

Kaicun Wang e seus colegas da Universidade de Maryland analisaram as concentrações de aerossóis e a profundidade óptica, isto é, a visibilidade em céu aberto.

Os pesquisadores verificaram que em todos os continentes a visibilidade piorou, com exceção da Europa, onde a situação está melhor do que em 1973, sinal de que as medidas antipoluição têm surtido efeito no continente.

Visibilidade do céu

Os dados foram obtidos de 3.250 estações meteorológicas em todo o mundo, compiladas pelo Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos. Também foram usados registros feitos por satélites.

Visibilidade foi considerada a distância que um observador consegue ver com clareza a partir de um determinado ponto - quanto mais aerossóis estão presentes no ar, menor a distância vista.

Em 58% das estações, a queda na visibilidade foi pelo menos cinco vezes maior do que na média mundial. Segundo os autores do estudo, o cenário mais grave está na Ásia, onde a visibilidade caiu principalmente na última década.

Aerossóis

"É a primeira vez que conseguimos informações globais de longo prazo a respeito de aerossóis sobre a superfície terrestre, que se somam aos dados já existentes sobre os oceanos. A base que reunimos se configura em um importante passo à frente na pesquisa sobre mudanças de longo prazo na poluição do ar e na correlação desse fator com as mudanças climáticas", disse Wang.

Aerossóis afetam a temperatura superficial da Terra ao refletir a luz solar de volta ao espaço - reduzindo a radiação na superfície - ou ao absorver a radiação, aquecendo a atmosfera. Os efeitos de esfriamento e aquecimento promovidos pelas partículas suspensas modificam as formações de nuvens e de chuvas.

Diferentemente dos aerossóis, o dióxido de carbono e outros gases, apesar de causadores do efeito estufa, são transparentes e não afetam a visibilidade.

Uma pesquisa realizada em 2006 mostrou que o Brasil tem o céu mais azul do mundo - veja Brasil tem o céu mais azul do mundo.

Bibliografia:
Clear Sky Visibility Has Decreased over Land Globally from 1973 to 2007
Kaicun Wang, Robert E. Dickinson, Shunlin Liang
Small
13 March 2009
Vol.: 323, Issue 5920, pp 1468-1470
DOI: 10.1126/science.1167549


[InovaçaoTecnológica]

link: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=poluicao-esta-diminuindo-visibilidade-do-ceu&id=010125090313


Um novo estudo realizado com a nebulosa planetária Helix, também conhecida como NGC 7293, detectou através de sua estrutura interior - chamada de "olho" pelos astrônomos - um rico cenário de galáxias distantes que jamais haviam sido vistas neste objeto astronômico, divulgou o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. A Helix, situada a 700 anos-luz da constelação de Aquário, é uma das mais próximas da Terra e foi fotografada pela câmera de alta resolução do Observatório La Silla, no Chile.

Objeto de incessantes estudos do ESO e das agências espaciais americana (Nasa) e européia (ESA), por meio do telescópio espacial Hubble, a Helix ainda permanece parcialmente compreendida. As galáxias remotas identificadas pelo interior da Helix ficam em áreas de pouca propagação de gás brilhante, próximas à região central da nebulosa. Algumas delas parecem se separar em grupos dispersos por várias partes da imagem, informaram os cientistas.

Apesar de impressionar fotograficamente, a Helix tem uma fraca visualização por não se espalhar por uma grande área do céu, o que dificulta maiores descobertas sobre sua estrutura. Embora seja semelhante a uma rosquinha, análises mostraram que possivelmente a nebulosa seja constituída por pelo menos dois discos - um interior, com 12 mil anos, e um exterior, com 6,6 mil anos.

Os cientistas acreditam que o disco interior emane o seu brilho muito mais rápido que o exterior, em uma velocidade que beira os 100 mil km/h. Além disso, o anel interior é constituído por estruturas semelhantes a bolhas, com caudas que parecem escorrer como "gotas" do centro da estrela para fora.

De acordo com o ESO, cada bolha é tão grande quanto o nosso Sistema Solar - que mede aproximadamente 7,4 milhões de quilômetros. Outro ponto que chama a atenção é o tamanho do anel principal: dois anos-luz de extensão ou cerca de 19 trilhões de quilômetros.

Nebulosas planetárias
As nebulosas planetárias são formações geradas pelos resquícios da morte de uma estrela, como gases e plasma, e desaparecem gradualmente ao longo de dezenas de milhares de anos.

A Helix é um exemplo de nebulosa planetária formada por uma estrela similar ao Sol nos últimos estágios de vida, com a estrela remanescente se convertendo em uma anã branca. O corpo celeste foi descoberto pelo astrônomo Karl Ludwig Harding por volta de 1824.
(Terra)

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