O planeta Terra pode estar sob a ameaça de ser atingido por milhares de cometas que circulam nos arredores do sistema solar e não podem ser detectados pelos cientistas, afirma uma reportagem publicada na edição desta semana da revista britânica New Scientist.

A revista entrevistou dois astrônomos britânicos que afirmam que, apesar de todo trabalho de monitoramento desses corpos celestes feitos por agências espaciais, muitos deles não poderiam ser detectados por serem o que eles chamam de "cometas escuros".

Segundo Bill Napier, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, e David Asher, do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte, estes cometas escuros podem ser uma ameaça à Terra.

"Cometas escuros, dormentes, são uma significativa, mas muitas vezes invisível, ameaça ao planeta", disse Napier à revista.

Segundo os cientistas, pelos cálculos sobre a entrada de cometas no sistema solar, é possível que haja pelo menos 3 mil desse corpos celestes próximos à região, mas apenas 25 deles são conhecidos.

Napier e Asher afirmam que muitos desses cometas não podem ser vistos "simplesmente porque são muito escuros".

Isto acontece quando o gelo de um cometa "ativo" - que reflete a luz do sol - se evapora, deixando para trás somente uma crosta que reflete apenas uma fração de luz.

Calor

Os cientistas citam como exemplo o cometa IRAS-Araki-Alcock, que passou a uma distância de 5 milhões de quilômetros da Terra em 1983 - a menor registrada em 200 anos.

Segundo eles, o cometa foi detectado apenas duas semanas antes de sua aproximação.

"Ele tinha apenas 1% de suas superfície ativa", diz Napier.

De acordo com os pesquisadores, quando uma sonda da Nasa pousou no cometa Borrelly, em 2001, também teria registrado várias manchas "negras" em sua superfície.

Outro cientista entrevistado pela revista, no entanto, se mostrou mais cético sobre a ameaça.

Segundo Clark Chapman, do Southwest Research Institute, no Colorado, Estados Unidos, "estes cometas absorveriam bem a luz do sol, então poderiam ser detectados pelo calor que emitiriam". [BBCBrasil]

Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema solar nos últimos anos, ajudou a redefinir o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan publicado na revista especializada International Journal of Astrobiology.

As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civilizações inteligentes em nossa galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.

Mesmo que haja quase 40 mil planetas com vida, no entanto, é muito pouco provável que seja estabelecido qualquer contato com vida alienígena.

Pesquisadores apresentam estimativas de vida inteligente fora da Terra com frequência, mas é um processo quase que de adivinhação - estimativas recentes variam entre um milhão e menos de um planeta com alguma forma de vida.

"É um processo para quantificar nossa ignorância", disse Forgan.

Simulações

Em seu artigo, Forgan conta que criou uma simulação de uma galáxia parecida com a nossa, permitindo que ela desenvolva sistemas solares baseados no que se conhece a partir da existência dos planetas fora do nosso sistema solar - os chamados exoplanetas.

Esses mundos alienígenas simulados foram então submetidos a três cenários diferentes.

O primeiro cenário parte da premissa de que o surgimento da vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Neste caso, haveria 361 civilizações inteligentes na galáxia.

O segundo parte do princípio de que a vida pode surgir facilmente, mas sua evolução para vida inteligente seria difícil. Nessas condições, a estimativa é de que haveria 31.513 outros planetas com alguma forma de vida.

O terceiro caso examina a possibilidade de que a vida poderia ter passado de um planeta para outro durante colisões de asteroides - uma teoria popular de como a vida surgiu na Terra.

Neste caso, a estimativa é de que haveria 37.964 civilizações inteligentes.

Suposições

Se, por um lado, a descoberta de novos planetas distantes e desconhecidos pode ajudar em uma estimativa mais precisa sobre o número de planetas semelhantes à Terra, algumas variáveis nesses cálculos continuarão sendo meras suposições.

Por exemplo, o tempo entre a formação de um planeta e o surgimento das primeiras formas de vida, ou deste momento até a existência de vida inteligente, são grandes variáveis em uma suposição geral.

Nesses casos, afirma Forgan, teremos que continuar partindo do princípio de que a Terra não é uma exceção.

"É importante nos darmos conta de que o quadro que construímos ainda está incompleto", disse o astrofísico.

"Mesmo que existam formas de vida alienígenas, nós não necessariamente conseguiremos fazer contato com elas, e não temos nenhuma ideia de sua forma."

"A vida em outros planetas pode ser tão variada como na Terra e não podemos prever como são as formas de vida inteligente de outros planetas, ou como elas se comportam", conclui. [BBCbrasil]
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Citação extra:
“ O resultado mais fantástico da exploração planetária é a diversidade dos planetas...
Eu quisera que não fosse assim, mas, de certa forma, não creio que nós aprenderemos muito
sobre a Terra apenas observando os demais planetas. Quanto mais os observamos, mais
nos conscientizamos de que cada um deles parece ser único.”
[David Stevenson – professor de ciência planetária do Califórnia Institute of Technology]
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Astro poderá ser visto às 4h das madrugadas de sábado e domingo.

[Marcy Monteiro Neto,
da redação do site TVCA]


Os mato-grossenses poderão acompanhar a passagem de um cometa pelos céus nos céus no fim de semana. O cometa Lulin, descoberto por uma equipe de astrônomos chineses, deve chegar a uma intensidade de brilho que o permita ser observável a olho nu em Mato Grosso.

O astrônomo amador Eduardo Baldaci disse ao site da TV Centro América que o cometa está em ponto de fácil localização na constelação de Libra como um objeto pálido de cor esverdeada. O cometa poderá ser visível por volta das 4h no horizonte leste, próximo ao local do nascer do sol.

"Há grandes chances deste cometa passar pelo fenômeno 'Outburst', que é um aumento repentino de brilho", disse Baldaci. Ele lembra que os dois últimos cometas brilhantes também tiveram forte influência das atividades solares. "Com binóculo o fenômeno poderá ser visto até o fim de março", completou. A expectativa agora é de que não chova e que o céu não fique nublado nas madrugadas de sábado e domingo.

Ano Astronômico Internacional

O ano de 2009 foi decretado pela Unesco como Ano Astronômico Internacional com o objetivo de comemorar os 400 anos da invenção do telescópio e as primeiras observações telescópicas feitas por Galileu Galilei. Atividades programadas para este ano também têm como intenção divulgar a astronomia em todo o mundo.

A Astronomia é uma das ciências mais antigas e deu origem a campos inteiros da Física e da Matemática. Teve papel fundamental na organização do tempo e do espaço explorados pela humanidade. Forneceu as ferramentas conceituais para a astronáutica, para a análise espectral da luz, para a fusão nuclear, para a procura de partículas elementares. [Tv Centro América]
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Conheça as partes que compõe o cometa C/2007 N3 Lulin

Apesar de ainda não estar visível à vista desarmada, as observações do cometa C/2007 N3 Lulin através de pequenos telescópios já podem revelar interessantes aspectos da formação do astro, assim como sua composição química. Se você está ansioso para ver o cometa, que se torna mais brilhante a cada dia, este artigo pode tirar algumas dúvidas que certamente surgirão durante as observações.
Núcleo
Visto através de uma luneta ou telescópio, C/2007 N3 Lulin é uma bolinha difusa de cor esverdeada, com um ponto mais claro e brilhante no seu interior, chamado de núcleo. Ainda não se conhece as dimensões exatas do núcleo de C/2007 N3 Lulin, mas estima-se que tenha algo em torno de 5 e 35 quilômetros de diâmetro.

Da mesma forma que em outros cometas, seu núcleo é formado por "pedras de gelo sujo", composto principalmente de CO2 (dióxido de carbono ou gelo seco).

Coma
Quando esta pedra de gelo sujo se aproxima do Sol a temperatura em sua superfície aumenta. Se atingir 52 graus negativos o volátil CO2 se transforma em gás, dotando o cometa de uma extensa cabeleira que dá ao astro sua aparência característica. Essa cabeleira é chamada de "coma" e no caso de C/2007 N3 Lulin tem aproximadamente 500 mil quilômetros de diâmetro, três vezes maior que o planeta Júpiter.

O tom esverdeado da coma de Lulin é de devido à presença abundante de Cianogênio CN e carbono biatômico, C2, que quando submetidos à luz solar emitem luz verde no comprimento de onda ao redor de 550 nanômetros.

Ao redor da coma existe uma nuvem invisível chamada envelope de hidrogênio, mas que só pode ser observada no espectro ultravioleta. Como a atmosfera da Terra bloqueia grande parte desse comprimento de onda, esse envelope só pode ser visto de fora da Terra através de satélites e telescópios espaciais.

Caudas e Trilhas
Na imagem acima podemos ver claramente duas caudas ou trilhas, uma de cada lado do cometa C/2007 N3 Lulin. A trilha da esquerda é chamada de cauda de poeira e a trilha da direita, cauda de íons ou de plasma.

A cauda de íons é formada por moléculas de gás eletricamente carregadas que são afastadas do núcleo pela ação do vento solar. Por ser eletricamente ativa, algumas vezes essa cauda surge e desaparece, coincidindo com o momento que o cometa cruza a região onde o campo magnético solar se inverte.

A cauda de poeira de qualquer cometa sempre aponta para o lado contrário ao Sol e não é diferente no caso de C/2007 N3 Lulin. Ela é formada por micropartículas de poeira (a o redor de 1 micron de diâmetro) que evaporaram do núcleo e são empurradas para longe do cometa. Essa é a cauda mais fácil de ser observada pois reflete a luz solar. Uma observação mais atenta mostra que a cauda de um cometa é curvada, uma vez que o objeto se move dentro de uma órbita.Vendo o cometa
Atualmente (03 fev) o cometa se encontra no interior da constelação de Libra e no dia 06 de fevereiro entrará em conjunção com a estrela Zubenelgenubi, o que facilitará bastante sua localização, mesmo por quem não conheça bem o céu. Neste dia a distância do cometa terá diminuído para 116 milhões de quilômetros.

A carta celeste mostrada acima retrata a posição do cometa e das estrelas às 02h30 da madrugada e tem validade até o dia 6 de fevereiro. O gráfico mostra claramente que no dia 6 de fevereiro o cometa estará colado à brilhante Zubenelgenubi, facilitando bastante sua localização.

[Foto: no topo, as parte do cometa C/2007 N3 Lulin pode ser facilmente identificadas. A foto é de autoria do astrônomo italiano Rolando Ligustri. Acima, carta celeste mostra a posição do cometa (bolinha azul) até o dia 6 de fevereiro. Crédito: Apolo11.]

Ele tem menos de duas vezes o diâmetro da Terra, segundo astrônomos.
Mas, como gira muito próximo de sua estrela, é incapaz de abrigar vida.

[Salvador Nogueira
Do G1, em São Paulo]


[Concepção artística de planeta passando à frente da estrela; na porção inferior, gráfico mostra como a detecção seria feita, por conta da redução momentanea de brilho estelar (Foto: CNES)]

Cientistas europeus acabam de anunciar a descoberta do menor planeta já descoberto fora do Sistema Solar. Ele é rochoso e tem menos de duas vezes o diâmetro da Terra. Mas é bom não se animar; muito próximo de sua estrela mãe, ele completa um ano a cada 20 horas e experimenta temperaturas altíssimas em sua superfície.

De toda forma, a busca por astros cada vez mais parecidos com a Terra começa a esquentar, graças aos trabalhos do satélite franco-europeu Corot. Projetado pela agência espacial francesa (CNES), o projeto, que conta também com participação brasileira, é basicamente um telescópio espacial da alta sensibilidade, que consegue medir pequenas variações no brilho da estrela. Dependendo do padrão de variação, o fenômeno pode denunciar a ocorrência de um "estelemoto" (um terremoto estelar) ou a passagem de um planeta à frente da estrela (como representado na imagem acima).

Foi assim que o Corot detectou o novo astro, designado COROT-Exo-7b. Sua temperatura local na superfície deve ficar entre 1.000 e 1.500 graus Celsius. Sua composição ainda não é certa. Ele pode ser majoritariamente composto por água (ou, com esse calor todo, vapor d'água), ou pode ser majoritariamente rochoso, como a Terra. Só que uma Terra no lugar errado do sistema planetário -- muito perto da estrela, de forma que a superfície passe o tempo todo como lava derretida.

Em ambos os casos, é um cenário diferente de tudo que pode ser encontrado em nosso próprio Sistema Solar.

"Encontrar um planeta pequeno assim não foi uma surpresa completa", disse, em nota, Daniel Rouan, pesquisador do Observatório de Paris Lesia e coordenador do projeto. "O COROT-Exo-7b pertence a uma classe de objetos cuja existência já foi prevista há um bom tempo. O Corot foi projetado exatamente na esperança de encontrar alguns desses objetos."

Para nossas mentes limitadas já é grande o exercício de imaginação quando pensamos no tamanho do nosso macrocosmo. Desde planetas, sistemas solares, galáxias, passando pelo desconhecido dos buracos negros e outros objetos intrigantes no Universo, pare um pouco e imagine que isso tudo possa se repetir ainda outras vezes, quem sabe outros universos!? Deixando de lado minhas especulações sobre o assunto, e considerando-me incapaz de entender sequer o mais básico dos elementos dessa série complicada de objetos espaciais, apenas reproduzo abaixo um interessante estudo sobre esse assunto. Devo deixar claro de início que não compactuo com a teoria do Big Bang para o surgimento de todos estes complexos fenômenos, sendo assim proponho a você uma leitura crítica que lhe proporcione o reconhecimento da nossa limitada ciência e ínfima capacidade para lidar com uma “tecnologia” tão alta, a “God tecnology” [RAB]
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[Imagem: NASA/WMAP/A. Kashlinsky et al.]

Fluxo Escuro pode ser a prova da existência de outro universo

Redação do Site Inovação Tecnológica
26/01/2009Universo observável


Cientistas acreditam ter encontrado as provas da existência de outro universo. E, para formar uma trindade com a Matéria Escura e com a Energia Escura, ambas responsáveis por mais de 95% do nosso universo, os astrônomos batizaram essa nova evidência de Fluxo Escuro.

Por mais poderosos que sejam os telescópios, os já construídos, os que estão em construção, ou mesmo aqueles que estão apenas nos mais delirantes sonhos dos astrônomos, há uma espécie de "muro" na borda do nosso universo, além do qual nada se pode enxergar ou detectar.

Não se trata de uma barreira física, mas de uma distância: além de 45 bilhões de anos-luz de distância, a luz não teve tempo de chegar até nós e poderemos nunca saber o que existe além. Apesar de se calcular que nosso universo tenha uma idade de 13,7 bilhões de anos, ele está em expansão - levando essa expansão em conta, os astrônomos calculam que a última fronteira observável do nosso universo está agora a aproximadamente 45 bilhões de anos-luz de distância.

Aglomerados de galáxias


A única esperança que resta para descobrirmos algo sobre essa região inalcançável estaria em encontrarmos algum "buraco" nesse muro, alguma interferência causada no universo observável por aquilo que está além dele.

É isto o que quatro cosmologistas, coordenados pelo professor Alexander Kashlinsky, da NASA, acreditam ter encontrado.

Utilizando dados coletados pelo observatório WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), os cientistas detectaram aglomerados de galáxias movendo-se a até 1.000 quilômetros por segundo, algo totalmente incompatível com todas as atuais teorias.

Fluxo Escuro

Mais impressionante do que tamanha velocidade, todos os aglomerados galácticos observados pelos cientistas - quase 800 - parecem estar se dirigindo para um único ponto no céu, localizado entre as constelações de Sagitário e Vela. O movimento em direção a esse ponto foi chamado de Fluxo Escuro, um fluxo de matéria ainda sem causa ou explicação conhecidas.

Na imagem, esses aglomerados estão representados pelos pontos brancos, registrados sobre a radiação cósmica de fundo, uma radiação na faixa das micro-ondas que inundou o Universo 400.000 anos depois do Big Bang. Todos parecem estar se dirigindo para o ponto roxo mostrado na figura.

Kashlinsky e seus colegas defendem que essas evidências são as primeiras informações que indicam a existência de algo além do nosso universo, reforçando a chamada "teoria os multiversos", que estabelece que o nosso universo é apenas um dentre inumeráveis que existem.

Outros universos ou novas teorias


Mesmo os cosmologistas que não concordam com a conclusão afirmam que o achado é impressionante, e que ele será responsável, no mínimo, por alterar quase tudo o que se acreditava correto até hoje nas teorias sobre a estrutura e a formação do nosso universo.

Segundo os cientistas, a Matéria Escura não poderia ser responsável pelo Fluxo Escuro porque ela não produz gravidade suficiente para isso. E tampouco a Energia Escura poderia ser a causa, porque ela está espalhada de maneira uniforme ao longo do universo, não podendo ser capaz de carrear tamanha quantidade de matéria numa única direção.

Daí vem a conclusão lógica: somente alguma coisa além do nosso horizonte cósmico pode ser responsável por gerar o Fluxo Escuro. E, se todas as teorias atuais a respeito da formação do nosso universo estão corretas, algo que está além dele somente poderia ser outro universo.

Bibliografia:
A measurement of large-scale peculiar velocities of clusters of galaxies: results and cosmological implications.
NASA
Astrophysical Journal Letters
Vol.: 686:L49-L52

Mundo Criado

Arqueologia Bíblica

Ano Internacional da Astronomia - 2009

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